Lei nº 13.259 de 16 de março de 2016
Publicado por: Sivaldo Nascimento em 19/05/2020
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Lei regulamenta dispositivo de Dação em Pagamento contido no inciso XI Art. 156 do Código Tributário Nacional, no entanto tamanhas exigências tornam o dispositivo
de difícil acesso ao contribuinte:
Mensagem de veto
Conversão da Medida Provisória n° 692, de 2015
Produção efeito
Altera as Leis nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, para dispor acerca da incidência de imposto sobre a renda na hipótese de ganho de capital em decorrência da
alienação de bens e direitos de qualquer natureza, e 12.973, de 13 de maio de 2014, para possibilitar opção de tributação de empresas coligadas no exterior na
forma de empresas controladas; e regulamenta o inciso XI do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O art. 21 da
Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, passa a vigorar com as seguintes alterações:
-
“ Art. 21. O ganho de capital percebido por pessoa física em decorrência da alienação de bens e direitos de qualquer natureza sujeita-se à incidência do
imposto sobre a renda, com as seguintes alíquotas:
-
I – 15% (quinze por cento) sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
-
II – 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) e não
ultrapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
-
III – 20% (vinte por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não ultrapassar R$ 30.000.000,00
(trinta milhões de reais); e
-
IV – 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais).
-
..................................
-
§ 3º Na hipótese de alienação em partes do mesmo bem ou direito, a partir da segunda operação, desde que realizada até o final do ano-calendário
seguinte ao da primeira operação, o ganho de capital deve ser somado aos ganhos auferidos nas operações anteriores, para fins da apuração do imposto
na forma do caput, deduzindo-se o montante do imposto pago nas operações anteriores.
-
§ 4º Para fins do disposto neste artigo, considera-se integrante do mesmo bem ou direito o conjunto de ações ou quotas de uma mesma pessoa jurídica.
-
§ 5º (VETADO).” (NR)
Art. 2º O ganho de capital percebido por pessoa jurídica em decorrência da alienação de bens e direitos do ativo não circulante sujeita-se à incidência do imposto
sobre a renda, com a aplicação das alíquotas previstas no
caput do art. 21 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, e do disposto nos
§§ 1º,
3º e
4º do referido artigo, exceto para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado.
Art. 3º A
Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 82-A:
-
“ Art. 82-A . Opcionalmente, a pessoa jurídica domiciliada no Brasil poderá oferecer à tributação os lucros auferidos por intermédio de suas coligadas no
exterior na forma prevista no art. 82, independentemente do descumprimento das condições previstas no caput do art. 81.
-
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses em que a pessoa jurídica coligada domiciliada no Brasil é equiparada à controladora, nos
termos do art. 83.
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá a forma e as condições para a opção de que trata o caput.”
Art. 4º A extinção do crédito tributário pela dação em pagamento em imóveis, na forma do
inciso XI do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 – Código Tributário Nacional, atenderá às seguintes condições:
-
I – será precedida de avaliação judicial do bem ou bens ofertados, segundo critérios de mercado;
II – deverá abranger a totalidade do débito ou débitos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa e encargos, sem desconto de qualquer
natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores da dívida e o valor do bem ou
bens ofertados em dação.
Art. 4º O crédito tributário inscrito em dívida ativa da União poderá ser extinto, nos termos do
inciso XI do caput do art. 156 da Lei n º 5.172, de 25 de outubro
de 1966 – Código Tributário Nacional, mediante dação em pagamento de bens imóveis, a critério do credor, na forma desta Lei, desde que atendidas as seguintes
condições:
(Redação dada pela Medida Provisória nº 719, de 2016)
-
I – a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados, que devem estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato do
Ministério da Fazenda; e
(Redação dada pela Medida Provisória
nº 719, de 2016)
II – a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa e encargos legais, sem desconto de
qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores da totalidade da
dívida e o valor do bem ou dos bens ofertados em dação.
(Redação dada pela Medida Provisória
nº 719, de 2016)
-
§ 1º O disposto no caput não se aplica aos créditos tributários referentes ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional.
(Incluído pela Medida Provisória nº 719, de 2016)
-
§ 2º Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objeto de discussão judicial, a dação em pagamento somente produzirá efeitos após a desistência da
referida ação pelo devedor ou corresponsável e a renúncia do direito sobre o qual se funda a ação, devendo o devedor ou o corresponsável arcar com o
pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.
(Incluído pela Medida Provisória nº 719, de
2016)
-
§ 3º A União observará a destinação específica dos créditos extintos por dação em pagamento, nos termos de ato do Ministério da Fazenda.
(Incluído pela Medida Provisória nº 719, de
2016)
Art. 4º O crédito tributário inscrito em dívida ativa da União poderá ser extinto, nos termos do
inciso XI do caput do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
– Código Tributário Nacional, mediante dação em pagamento de bens imóveis, a critério do credor, na forma desta Lei, desde que atendidas as seguintes
condições:
(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)
-
I – a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados, que devem estar livres e desembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato do
Ministério da Fazenda; e
(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)
II – a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa e encargos legais, sem desconto de
qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores da totalidade da dívida
e o valor do bem ou dos bens ofertados em dação.
(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)
-
§ 1º O disposto no caput não se aplica aos créditos tributários referentes ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional.
(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)
-
§ 2º Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objeto de discussão judicial, a dação em pagamento somente produzirá efeitos após a desistência da
referida ação pelo devedor ou corresponsável e a renúncia do direito sobre o qual se funda a ação, devendo o devedor ou o corresponsável arcar com o
pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.
(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)
-
§ 3º A União observará a destinação específica dos créditos extintos por dação em pagamento, nos termos de ato do Ministério da Fazenda.
(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)
-
§ 4º Os registros contábeis decorrentes da dação em pagamento de que trata o caput observarão as normas gerais de consolidação das contas públicas de
que trata o § 2º do art. 50 da Lei Complementar nº 101, de
4 de maio de 2000.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de 2019)
Art. 4º-A. Sem prejuízo dos requisitos e das condições estabelecidos no art. 4º, nas hipóteses de estado de calamidade pública, reconhecidas em ato do Poder
Executivo federal, o crédito inscrito em dívida ativa da União poderá ser extinto mediante dação em pagamento de bens imóveis que possuam valor histórico,
cultural, artístico, turístico ou paisagístico, desde que estejam localizados nas áreas descritas nas informações de desastre natural ou tecnológico e as
atividades empresariais do devedor legítimo proprietário do bem imóvel decorram das áreas afetadas pelo desastre.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de 2019)
-
§ 1º Para fins da avaliação de que trata o inciso I do caput do art. 4º, caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a autenticação
prévia e a definição do valor histórico, cultural, artístico, turístico ou paisagístico, observado, no que couber, o disposto no
art. 28 do Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937.
Incluído pela Medida Provisória nº 915, de
2019)
-
§ 2º O contribuinte que se encontrar na situação de que trata o caput, cujo crédito que se pretenda extinguir não esteja inscrito em dívida ativa, poderá
solicitar sua inscrição imediata à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia, desde que renuncie expressamente ao direito
sobre o qual se fundamente eventual discussão judicial ou administrativa, observado, no que couber, o disposto no § 2º do art. 4º.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de 2019)
-
§ 3º Na hipótese de desastre tecnológico, consumada a dação para a extinção dos débitos tributários, a União se sub-rogará nos direitos inerentes à
indenização devida pelo causador do dano e, na hipótese de inadimplemento, promoverá a inscrição em dívida ativa dos valores apurados em procedimento
administrativo próprio, observado o disposto na
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de
2019)
-
§ 4º Não serão aceitos imóveis de difícil alienação, inservíveis ou que não atendam aos critérios de necessidade, utilidade e conveniência, a serem
aferidos pela administração pública federal, condicionada a aceitação pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional ao interesse público e à observância da normas e procedimentos específicos para a avaliação do bem.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de
2019)
-
§ 5º Efetivada a dação em pagamento, os bens imóveis recebidos serão administrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
diretamente ou por meio de terceiros, mediante procedimento licitatório.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de
2019)
-
§ 6º Ato do Ministro de Estado da Economia disporá sobre a necessidade e a forma de comprovação da disponibilidade orçamentária e financeira para a
aceitação da dação em pagamento de que trata este artigo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de
2019)
-
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses de declaração de estado de calamidade pública financeira.
(Incluído pela Medida Provisória nº 915, de
2019))
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2016.
-
§ 1º (VETADO).
-
§ 2º (VETADO).
Brasília, 16 de março de 2016; 195º da Independência e 128º da República.
DILMA ROUSSEFF
Nelson Barbosa
Este texto não substitui o publicado no DOU de 17.3.2016 – Edição extra.
Comentários (0)
Nenhum comentário publicado até o momento.